quarta-feira, 2 de julho de 2014

O Ensino-Aprendizagem através da Resolução de Problemas

Por Roger Huanca (UEPB)
O Ensino-Aprendizagem torna-se significativa quando encontramos um problema para modelizar. É um paradigma do processo de ensino-aprendizagem, que coloca o aluno como foco central dessa interação, e torna-o capaz de construir seu próprio conhecimento através da resolução de problemas. Não se trata apenas de buscar a solução do problema, mas entender a finalidade e utilidade da situação questionada e quais os objetivos do ensino e de aprendizagem. Constitui-se em uma atitude de construção do conhecimento em que todas as etapas utilizadas são fundamentais e não apenas o resultado final do problema. Os estudantes devem identificar a partir da situação-problema, quais são os objetivos de estudo, para a resolução do problema em questão. O professor deve estimular o aluno a ser um constante pesquisador, é sem dúvida uma das tarefas que a aprendizagem fundamentada nessa abordagem pode realizar. Deve haver coerência entre os motivos e as finalidades no conteúdo matemático abordado. Em um sistema de significação onde a ordem social é comunicada, reproduzida, experimentada e explorada, existe diálogo e interação. A realidade é produzida, alimentada, restaurada e transformada. Ao contrário do modelo transmissor de ensino (que não implica a interatividade e participação e sim a cópia e a reprodução de tarefas), a resolução de problemas pressupõe como linha norteadora a participação e a informação como alicerce do exercício da democracia e cidadania, fazendo o vínculo indivíduo-sociedade, formando uma comunidade de aprendizagem para um futuro melhor. No estudo dessa abordagem metodológica é necessário que o professor faça a descrição clara do problema, estabeleça as metas esperadas para a resolução do problema, administre o tempo esperado para a resolução e identifique a importância ou significância da tarefa em relação aos objetivos. Para tanto, seguiremos algumas etapas: leitura individual e em grupo identificando o problema (isto proporciona alta possibilidade de ser resolvido); observação pelo professor (reconhecimento se os estudantes entenderam o problema); problemas secundários (descoberta das principais causas que os estudantes não entenderam o problema); ação (eliminadas a dúvidas é fundamental para a colocação da ação em prática, ou seja, os estudantes utilizaram o pensar matemático para a resolução do problema); resultados na lousa (com o trabalho dos estudantes terminado, o professor anotaria na lousa os resultados obtidos pelos diferentes grupos, certos ou errados, como também feitos por diferentes caminhos); plenária (da eficácia da ação, comparação entre as situações “antes e depois” das ações a serem executadas); consenso (a partir da análise feita, com a devida retirada das dúvidas, busca-se um consenso sobre o resultado pretendido); formalização (resumo do conteúdo pretendido a ensinar através do problema e planejamento para um trabalho futuro, refletir sobre as coisas que transcorreram bem e mal durante a melhoria da atividade). A aprendizagem, desta forma, abre espaço para que os educandos possam pensar e julgar por si, desenvolvendo o pensamento, a autonomia e a criatividade. Possibilitando assim, que os aprendizes, ao determinarem, opinarem, debaterem, tornam-se protagonistas, tendo compromisso com a sociedade, buscando a sua identidade . Na mediação do professor está o segredo para desencadear o processo da construção do conhecimento através da resolução de problemas de forma sistemática e planejada. 

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